Nos países com tradição de legendagem, a população é exposta, desde muito cedo, a filmes e programas televisivos em língua estrangeira com legendas na língua do país. Dado que esta exposição é considerada benéfica para a aprendizagem das línguas, os professores de língua estrangeira têm recorrido a vários tipos de materiais audiovisuais em sala de aula. Também se tem verificado que os alunos em cursos de tradução, que frequentam aulas de legendagem, melhoram as suas competências linguísticas. Contudo, as ferramentas a que se tem recorrido são as utilizadas para legendagem profissional, sem nunca se ter criado software específico para o ensino das línguas, com todas as limitações que isto acarreta. O avanço nas tecnologias de informação e comunicação (TIC) oferece novas oportunidades para explorar a legendagem em contextos de ensino-aprendizagem das línguas, nomeadamente na criação de software de legendagem para actividades de aprendizagem activa, através de tarefas. A ferramenta pretende dar aos aprendentes a oportunidade de usar uma versão especial de um ambiente de legendagem profissional, não como formação profissionalizante mas para extrair os benefícios que advêm da actividade de legendar. A ênfase principal do LvS (Learning via Subtitling) é a criação de material didáctico para uma aprendizagem activa das línguas estrangeiras com base na legendagem de filmes. Pretende dar resposta às exigências de uma aprendizagem activa recheada de elementos culturais em actividades de vida real (simulada) e a necessidade de uma utilização produtiva dos multimédia, não como um extra agradável mas como o foco da actividade. Foi concebido um simulador de legendagem (LvS) para actividades com fins educativos na aprendizagem das línguas. Através desta ferramenta e das actividades, é pedido ao aluno que insira legendas num filme, envolvendo-o em tarefas de compreensão oral e de escrita de forma activa. A flexibilidade na utilização do LvS comprova-se pelo facto de poder ser usado em qualquer sala de aula, real ou virtual, e inserido em qualquer programa curricular, visto não levar a alterações de metodologia. O LvS é também indicado para ambientes de aprendizagem autónoma: o ecrã principal da aplicação inclui uma área de visionamento de documentos, com a descrição de todos os passos necessários para uma aprendizagem auto-didacta. Pode ainda ser utilizado por qualquer número de alunos, sem restrições na escolha de conteúdos de vídeo (cenas de filmes, material didáctico), para qualquer duração adequada de segmentos de vídeo, nível de alunos (iniciação, intermédio ou avançado), idade e interesses. O projecto é mantido por um portal www que visa proporcionar uma interacção efectiva entre os parceiros e divulgar os resultados do projecto. O portal contém o próprio software, um arquivo de clips de vídeo, exercícios e actividades educativas. Os resultados do projecto serão também divulgados através de publicações científicas e um workshop organizado no final do projecto. Prevê-se uma sustentabilidade de resultados mesmo após a conclusão do projecto, uma vez que outras universidades, escolas de línguas, associações de professores de línguas, e investigadores em geral, interessados na utilização das TIC na área do ensino, poderão usar a plataforma de software em regime livre (open-source). Identificação do Projecto LeVis
Enquadramento | Programa Sócrates, LINGUA 2 (Desenvolvimento de Ferramentas e Materiais para as línguas) (Comissão Europeia, DG para a Educação e Cultura) | Início do Projecto | 1 Outubro 2006 | Instituição Coordenadora | Hellenic Open University (HOU) | Duração | 24 Meses | Orçamento | 225.761 € |
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